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Luxemburgo lamenta distanciamento da seleção e cita jogadores que podem reverter o problema

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Vanderlei Luxemburgo usou as redes sociais para desabafar sobre o momento da Seleção Brasileira após derrota para o Paraguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. O técnico de 72 anos lamentou o distanciamento da equipe com o torcedor e listou alguns atletas que podem fazer a diferença em uma possível retomada.

No caminho para a casa de um amigo para assistir ao jogo contra os paraguaios, o treinador notou a falta de engajamento da população com a partida. Para ele, não existe mais a conexão do passado dos brasileiros com a Seleção.

“Eu percebi, caminhando até a casa de um amigo para assistir o jogo, não vi restaurante ou bar passando jogo da seleção brasileira. A empatia da Seleção com a população não existe mais. As pessoas não têm aquela imagem [da Seleção Brasileira] em que a população abraçava e tinha confiança, que a gente via a magia de jogar futebol”, iniciou.

Na opinião de Luxemburgo, esse distanciamento é principalmente culpa dos atletas: “Isso não é passado de fora para dentro, é de dentro pra fora. Com a reação dos jogadores. Me preocupa os jogadores estarem fazendo sucesso fora do Brasil, serem conceituados fora do País, mas chega aqui e não conseguem criar essa empatia”.

Outro ponto destacado pelo técnico é a falta do estilo brasileiro na equipe: “Nós somos brasileiros, com a nossa característica de jogar futebol. Não temos que mudar nossa essência para virar europeu. Nós temos que jogar futebol brasileiro. Nós temos qualidade para isso, o que falta é colocar em prática a nossa essência de jogar futebol”.

Luxemburgo também destacou a importância de alguns craques para a retomada da confiança dos torcedores no trabalho feito por Dorival Júnior. Ele, no entanto, reforçou que os jogadores precisam soltar a essência do futebol brasileiro dentro de campo. 

“Jogadores como Estêvão, Endrick, Vini Jr, Rodrygo e Neymar são talentosos. Têm que colocar essência pra fora, têm que criar essa empatia em campo da seleção com a população brasileira. Se não tiver isso, não vai funcionar”, completou Luxemburgo, que treinou a Seleção Brasileira entre 1998 e 2000. 

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Imagem em destaque: Alexandre Loureiro / Inovafoto / Estadão

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