Os Estados Unidos se preparam para uma das eleições mais atípicas de sua história nesta terça-feira (5), com uma disputa que promete entrar para os livros. O vencedor poderá ser tanto a primeira mulher presidente do país quanto o primeiro presidente condenado pela Justiça.
De um lado, Kamala Harris , ex-procuradora-geral e atual vice-presidente, que revitalizou a base democrata ao substituir Joe Biden como candidata à Casa Branca. Sua candidatura trouxe uma onda de entusiasmo que alguns comparam ao fenômeno Barack Obama em 2008.
Do outro, Donald Trump , o ex-presidente e empresário do setor imobiliário de luxo, que tenta retomar o cargo após enfrentar quatro processos judiciais e uma condenação. Mesmo diante das acusações, Trump conseguiu mobilizar sua base e reorganizar o eleitorado que o apoia fervorosamente.
As pesquisas mostram um dos cenários mais apertados da história recente, sugerindo que o resultado pode ser decidido por uma margem ínfima.
Um dos fatores mais cruciais para definir o vencedor na corrida entre Donald Trump e Kamala Harris são os chamados “swing states” — também conhecidos como “estados roxos” ou “estados-pêndulo”. Estes estados incluem Arizona, Carolina do Norte, Geórgia, Michigan, Nevada, Pensilvânia e Wisconsin.
Ao contrário da maioria dos estados americanos, que tradicionalmente apoiam ou os republicanos ou os democratas, os swing states não têm uma preferência política constante, o que os torna altamente competitivos e decisivos.
O apelido “roxos” é justamente uma referência à mistura entre as cores vermelho e azul, dos partidos Republicano e Democrata, respectivamente. A imprevisibilidade nesses estados concentra neles toda a atenção dos candidatos e torna suas vitórias essenciais para alcançar a presidência.
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Imagem em destaque: Angela Weiss