O conclave para eleger o 267º papa da história da Igreja Católica começou hoje (7). Os cardeais entraram na Capela Sistina às 11h30 (horário de Brasília). Na ausência do decano, Cardeal Re, que tem 91 anos (idade acima do limite previsto), o processo de eleição está sendo presidido pelo Cardeal Pietro Parolin. O italiano, aliás, se mantém firme na dianteira nas bolsas de apostas.
A bolsa de apostas Polymarket mostrava, pouco depois do meia-dia, Parolin concentrando 30% das probabilidades, 3% a mais do que o registrado no início da madrugada de hoje.
O site funciona como se fosse uma bolsa de valores, o preço para comprar uma “ação”, neste caso, “Sim” e “Não”, que aparece na tela, é definido pelo “mercado”, ou seja, com base na probabilidade percebida pelos apostadores. E a aposta dos usuários de que Parolin será o escolhido não é de hoje. Desde o último dia 21 de abril, quando Papa Francisco morreu, o volume de apostas subiu de US$ 2,9 milhões (R$ 16,65 milhões) para US$ 20,5 milhões (R$ 117,67 milhões).
Os ganhos com a previsão com dinheiro real são obtidos na diferença da compra e da venda de cada “ação”, ou palpite.
O segundo mais cotado é Luis Antonio Tagle, cardeal das Filipinas, concentrando 19% das probabilidades, na visão dos usuários, no horário acima ante a 23% por volta da meia noite. Em terceiro houve uma mudança: Matteo Zuppi, o “cardeal ciclista’ de Bolonha ocupa a posição, com 10%. No dia em que o Vaticano confirmou o início do conclave, quem aparecia era Peter Turkson, cardeal de Gana e que pode se tornar o primeiro papa negro da história, que apareceu na posição
As plataformas de apostas baseadas em tecnologia blockchain vem ganhando adeptos no mundo todo por permitirem fazer as previsões com dinheiro real. Para fazer as previsões na plataforma (lançada em 2020), os usuários do Polymarket precisam ter uma carteira de criptomoedas, já que o Polymarket opera usando a blockchain da Polygon (MATIC), e aceita apostas apenas com criptomoeda – a USDC Coin (USDC), que é indexada ao dólar. Se as apostas realmente se concretizarem, os vencedores podem trocar os tokens adquiridos para o lance pelo valor proporcional ao total apostado.
Como funciona o conclave?
A eleição no Vaticano segue o protocolo de iniciar após o término da Novendiales — (período de nove dias de luto, iniciado a partir da data de sepultamento do papa), em uma reunião feita por 252 cardeais a portas fechadas na Capela Sistina. Desse total de cardeais, 133 dos presentes votam por terem menos de 80 anos. O voto dos cardeais é feito de forma secreta.
Sete cardeais brasileiros são votantes neste conclave: João Braz de Aviz, prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica; Cardeal Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo (SP); Cardeal Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro (RJ); Cardeal Leonardo Ulrich Steiner, O.F.M., arcebispo de Manaus; Cardeal Sergio da Rocha, arcebispo de Salvador (BA); Cardeal Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília e o Cardeal Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre.
Todos que estão envolvidos no Conclave prestaram juramento, conforme previsto pela Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, incluindo funcionários da sacristia e da limpeza, os médicos, enfermeiros, e os confessores.
O processo de votação é repetido até que um candidato atinja dois terços dos votos. Enquanto nenhum candidato atinge o mínimo necessário de votos, as cédulas são queimadas euma fumaça preta é liberada pela chaminé da Capela Sistina, indicando que a eleição prosseguirá. A fumaça que sinaliza se o papa foi ou não escolhido é expelida às 7h e às 14h (horário de Brasília). Quando finalmente ocorre a escolha, as cédulas em papel são queimadas e a fumaça branca é expelida pela chaminé da capela nos primeiros horários da manhã e da tarde, 5h30 e 12h30 ara sinalizar: Habemus Papam.
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Imagem em destaque: Murad Sezer/Reuters