Segundo dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a inflação oficial do Brasil caiu 0,02% em agosto, contra um aumento de 0,38% em julho. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) registrou a primeira deflação (-0,08%) desde junho do ano passado. A queda de 2,77% no preço das contas de luz em agosto levou ao resultado abaixo da projeção de alta de 0,02%.
A queda das contas de luz é um fator que contribui para o resultado do IPCA. O uso da bandeira verde sem cobrança adicional em agosto justifica o recuo de 2,77% nas tarifas de energia elétrica residencial. A adoção da bandeira vermelha 1 em setembro, que adiciona um acréscimo de R$ 0,04463 a cada 100 quilowatts-hora consumidos, tende a afetar o orçamento das famílias.
Até dezembro, o atual sistema de metas para inflação permanecerá em vigor. A partir de janeiro de 2025, o intervalo anual pré-estabelecido deverá ser cumprido todos os meses, em vez de apenas ao final do ano. Assim, se o IPCA acumulado superar o teto da meta por seis meses consecutivos, o furo da meta será estabelecido.
As previsões indicam uma inflação de 4,3% ao final deste ano. Em todas as últimas oito semanas, os analistas do mercado financeiro elevaram as expectativas para o IPCA nos doze meses encerrados em dezembro de 4,25% para 4,3%. O percentual leva em consideração a aceleração do índice em setembro, com uma alta de 0,36% prevista, e perdas de força em outubro ( 0,3%) e novembro (0,22%). A variação estimada para dezembro é de 0,47%.
….
Imagem em destaque: Sandro Menezes